O Teatro

O Teatro Estadual de Araras Maestro Francisco Paulo Russo é considerado o mais importante equipamento cultural do município e região. Atualmente é administrado pela Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA), uma Organização Social de Cultura.

A curadoria do Teatro Estadual de Araras busca fortalecer a identidade do público com o espaço, acolhendo propostas de artistas e grupos locais e regionais. Nos últimos cinco anos, foram criados festivais multilinguagem e circuitos de espetáculos de dança, de teatro infantil e de stand up comedy.

A partir de 2020, frente aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, o Teatro de Araras se tornou um importante local para gravação de espetáculos e de conteúdos digitais, e hoje também é referência no meio online.

A HISTÓRIA

Inaugurado em 1991, o Teatro Estadual Maestro Francisco Paulo Russo foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com 466 lugares em seu auditório principal e outros 126 lugares no auditório menor em seu subsolo. De 1995 à 2005, o Teatro foi equipado com todas as instalações necessárias para os mais diversos eventos de manifestação cultural local, nacional e internacional. A partir de 2004, passou a ser administrado pela Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA).

"Como arquitetura é simples e econômico, evitando grandes painéis de vidro, como suas funções internas sugeriam. Somente na cobertura e na marquise de entrada nos permitimos maior liberdade. A liberdade e a invenção arquitetural a nosso ver indispensáveis.” -- Oscar Niemeyer

Quem foi Maestro Francisco Paulo Russo?

Francisco Paulo Russo nasceu em Nápoles, Itália, no dia 21 de Agosto de 1882, filho do escultor, Francisco Paulo Russo e Joana Leonardi Russo. Fez seus estudos de música em Nápoles e Pizo, na Calábria, transferindo-se para o Brasil, em 1898 e escolheu a cidade de Araras para residir. Em 2 de setembro de 1926, inaugurou um curso de piano; fundou e dirigiu diversas corporações musicais, destacando-se a “Lira Infantil Carlos Gomes”, fundada em 1928, a qual atuou em várias cidades paulistas. Fundou ainda a Corporação “Pedro Mascagni” e reorganizou em 1913 a Banda “Carlos Gomes”, uniformizada e aumentada para trinta músicos. Essa banda foi a mais perfeita que se constituiu em Araras, sendo em sua época, considerada a melhor de todo o interior paulista.

Convidado para as comemorações do Centenário da Independência realizadas em São Paulo, em 1922, portou-se com brilhantismo. Nessa ocasião, participando de um Concurso de Bandas do Centenário da Independência, o maestro Francisco Paulo Russo, conquista para a cidade de Araras magnífica vitória ao obter o 1º lugar na classificação geral, a que concorreram inúmeras bandas.

O povo de Araras, em sinal de reconhecimento à sua dedicação e trabalho, o fertou-lhe uma batuta de ébano e ouro à qual juntou os dizeres: “a preciosa lembrança de uma batuta de fino ébano guarnecida de ouro, da mocidade ararense, representa o carinho e reconhecimento do povo de Araras ao esforçado Maestro que, com sua disciplinada Corporação, colheu os maiores louros na Capital”. Foi ainda o Maestro Paulo Russo, fundador e 1º Presidente da Sociedade 21 de Outubro; fundador e 1º Presidente do Centro 1º de Maio, hoje Grêmio Recreativo Ararense; foi ainda proprietário do jornal “Tribuna do Povo”, que dirigiu por algum tempo. Compôs várias peças musicais, destacando-se entre elas: o “Hino do Ginásio do Estado da Cidade de Araras”, com versos de Salvador J. Moraes; “Alma Ararense” (Saudade de Araras), “Tempo de Mazurca”, “Hino do Centro Cultural Ararense” e “Pensamento Religioso”, peça dedicada ao Papa Pio XII. Pelos serviços prestados à comunidade ararense, a Câmara Municipal deu a uma das ruas do centro da cidade a denominação de “Francisco Paulo Russo”, em justa homenagem àquele que soube ser útil a seus semelhantes, servindo à terra que soube acolhê-lo.

 

Palavras do arquiteto Oscar Niemeyer

“Trata-se de um teatro de porte médio elaborado dentro da técnica mais apurada. Para isso organizamos nossa equipe: Hélio Penteado, Hélio Pasta e eu na arquitetura; Promon nos problemas estruturais; Nepomuceno na acústica, Mingrone na luminotécnica; Ripper na cenotécnica; Luís Fernando na ventilação e ar-condicionado; e Afonso Assumpção no controle diário dos problemas arquitetônicos da construção.

Para enriquecer o teatro, convocamos Marianne Peretti e Athos Bulcão, responsáveis pelos dois belos murais previstos no projeto. O teatro deveria atender problemas econômicos mas também, e antes de tudo, constituir um bom exemplo da técnica teatral. Nisso nos procuramos deter, criando à volta da construção uma parede dupla de apoio acústico por onde passam todos os sistemas técnicos, inclusive as circulações internas que uma obra desse gênero exige.

E esta solução se fez tão lógica, tão prática e inovadora que, de hoje em diante, a adotaremos em todos os nossos projetos de teatro.

Dentro desse espaço circular de 36m de diâmetro estudamos o teatro. Na cota -2,30m, independente do teatro, fica um local destinado a congressos, conferências, cursos, etc., provido de um auditório com capacidade para 126 pessoas, salas de reuniões e uma pequena área para a direção do teatro. Um acréscimo no programa que nos foi entregue, útil, utilíssimo, como elemento cultural desta cidade.

Na cota + 1,50m, o foyer, com pequeno espaço para exposições, o subsolo do palco e os camarins. Na cota + 5,30m fica o teatro propriamente dito, com 466 lugares (o aconselhável para um teatro como este deve ser entre trezentos e seiscentos lugares), palco com abertura de 17m, ligado diretamente à rua por um elevador, permitindo subir à cena qualquer tipo de objeto. Um automóvel, por exemplo.

Apesar de se tratar de obra complexa, o prazo estabelecido para sua conclusão foi de 6 meses, preliminar atendida graças à colaboração permanente dos engenheiros Menendez, Edson, Alcides, Denise, mestre João e dos quatrocentos operários que na obra trabalharam.

O teatro está pronto. Como arquitetura é simples e econômico, evitando grandes painéis de vidro, como suas funções internas sugeriam. Somente na cobertura e na marquise de entrada nos permitimos maior liberdade. A liberdade e a invenção arquitetural a nosso ver indispensáveis.”

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

O Teatro possui o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), certificado que atesta que a edificação oferece todas as condições de segurança contra incêndio e pânico.

Sala Maestro Paulo Russo

Sala Maestro Paulo Russo

466 pessoas
Tradução Simultânea
mais detalhes

Sala Maestro Paulo Russo

Tipo de assento – poltrona
Piso inclinado
Cor da parede – preta

466 pessoas
Tradução Simultânea
Captação e Transmissão ao vivo
Sala de Convenções

Sala de Convenções

126 pessoas
Tradução Simultânea
mais detalhes

Sala de Convenções

Tipo de assento – poltronas
Palco – Largura: 7 metros - Profundidade: 2 metros
Piso – carpete

126 pessoas
Tradução Simultânea
Captação e Transmissão ao vivo
Foyer Mariane Peretti

Foyer Mariane Peretti

183 pessoas
mais detalhes

Foyer Mariane Peretti

Espaço para exposição – 493 m²
Bebedouro – sim
W.C. – sim

183 pessoas
Camarins

Camarins

02 camarins
mais detalhes

Camarins

W.C.
Chuveiro
Arara para roupas
Cadeiras
Tábua para passar roupa
Ferro elétrico
Bebedouro

02 camarins
Foyer Athos Bulcão

Foyer Athos Bulcão

61 pessoas
mais detalhes

Foyer Athos Bulcão

Espaço para painéis
W.C.

61 pessoas

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Governador
Tarcísio de Freitas
Secretária Titular
Marília Marton Correa
Secretário Executivo
Marcelo Henrique de Assis
Chefe de Gabinete
Daniel Scheiblich Rodrigues
Coordenadora da Unidade de Monitoramento dos Contratos de Gestão
Gisela Colaço Geraldi
Coordenador da Unidade de Difusão Cultural, Bibliotecas e Leitura
Dennis Alexandre Rodrigues de Oliveira
Coordenadora da Unidade de Formação Cultural
Bruna Attina
Coordenadora da Unidade de Fomento à Cultura / Programa de Ação Cultural
Liana Crocco
Coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico
Vanessa Costa Ribeiro
Coordenadora do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo
Mariana de Souza Rolim

O que é Contrato de Gestão?

Contrato de Gestão é o instrumento jurídico que institui e disciplina a parceria entre o Poder Público e uma entidade qualificada como Organização Social, para a execução de atividades de interesse social e utilidade pública. Esse instrumento estabelece atribuições, responsabilidades e obrigações de parte a parte, com o montante de recursos disponíveis para execução do plano de trabalho, as metas de desempenho e as formas de avaliação. Desde 2004, a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo vem adotando esse modelo para a gestão de seus programas culturais, equipamentos e grupos artísticos em parceria com Organizações Sociais de Cultura.

 

O ciclo de vida de um Contrato de Gestão é constituído por três fases:

(1) Convocação Pública;
(2) Gestão do Contrato; e
(3) Encerramento do Contrato.

 

A Convocação Pública explicita os critérios adotados para o processo de seleção da Organização Social de Cultura parceira, bem como os referenciais necessários à elaboração da proposta técnica e orçamentária. A Gestão do Contrato, iniciada logo após a celebração do Contrato de Gestão, inclui a elaboração do plano anual de trabalho e a prestação de contas pela Organização Social, por meio de relatórios de atividades trimestrais e anuais. Por fim, o ciclo é encerrado ao término do Contrato de Gestão.

 

Confira o contrato de gestão vigente da APAA aqui

Ao clicar em "Aceitar todos os cookies", concorda com o armazenamento de cookies no seu dispositivo para melhorar a navegação no site, analisar a utilização do site e ajudar nas nossas iniciativas de marketing.
fechar
Sua mensagem foi enviada com sucesso.

Obrigado!